Flores na serra da Mira
Mas não vale a pena chorarmos. Estou aqui para fazer desfilar as minhas belas Flores de Inverno.
Esta, logo à entrada, foi a primeira a dize-me, olá! É uma velha companheira de caminhada.
Depois foi esta, também, já minha companheira de grandes caminhadas.
Estas amigas, já velhas esquecidas.
Esta sempre velha amiga, valorizada pela sua solidão no meio da serra.
Aqui, nas fraldas da velha serra, à falta de flores e onde se nota já a intervenção da nossa espécie, pousou esta bela borboleta. Disse-me, que como não havia flores ali, se propôs ser ela a enfeitar-me o caminho.
Agora para mudar, estas belas flores rosa, uma maravilha da natureza.
Continuando na mudança, esta outra beleza a debater-se com sede.
Sobre um monte de pedras, como cantava o Morandi, pode nascer uma flor. Aqui nasceram duas.
Estas curvam-se à minha passagem gritando por água. Poderia ser um belo chão amarelo, mas não, vê-se que é um chão triste!
Mas reparem como elas são lindas!
Esta também é encantadora e não se vê muito.
Agora, os lírios. O meu amigo Apolo costuma vestir robes assim, mas, este ano, estamos mal. Estes, com um pouco de sorte, ainda irão crescer ...
... e ficar assim, como este irmão mais velho.
Mas ali, sob o olhar das águias, a flor predominante é o tojo que nos oferece, à vista, este belo espaço amarelo e, a quem poder assistir, uma bela sinfonia de sons mágicos, neste grande salão ao ar livre.